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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

LETRA : VIDA BAGUALA

As bailantas do rio grande
Sempre vou disposto a tudo
Boto freio nos valentes
E relincho igual cuido
Que eu me criei deste jeito
E nem morrendo não mudo(.)

Não trago medo da morte
Pois tenho sangue charrua
A minha raça nos versos
Que canto se perpetua
Clareando a alma gaúcha
Com brilhos de sol e lua

As noites de tempestades
Pra mim são noites serenas
E a riqueza que eu possuo
É o amor desta morena
Que as fronteiras que eu conheço
Eu arrombo com as chilenas!

Se entrar num jogo de osso
Não atiro a tava forte
Pois meu braço é caborteiro
Ventana igual vento norte
Sempre larga bem o osso
Nas carpeteadas da sorte

Se for nas quarenta cartas
Conheço bem a manobra
Os meus trinta e um de espada
Não é florzita de "abóbora"
Pois no truco eu sou nojento
E quando meto , mato e sobra!

Não sou pacato mas tenho
O lombo liso sem marca
Esse entrar numa peleia
Nem o satanás me ataca
Que eu serro as guampas do maula
E pitoqueio co a faca!

Nos rodeios desta vida
Cimbrando a cana do braço
Meu laço de couro cru
Às vez se espicha no espaço
E deixa um velhaco berrando
Dando coice e manotaço!

Eu sou que nem potro xucro
Ninguém me bota bocal
Nasci na pampa reúna
Num dia de temporal
E sigo esporeando a vida
Igual um bicho bagual

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